#14 – Isabel la Católica – Ciudad de México – CDMX
Logo após deixar a aeronave, mas ainda no movimentado aeroporto Benito Juárez, de Ciudad de México, decidi trocar uma parte dos meus dólares pela moeda local e um fato despertou minha atenção. O câmbio para as cédulas de 100 dólares era um (17,10 pesos mexicanos – Setembro de 2017) e para as notas de 50, 20, 10, 5, 2 e 1 era outro (16,81 pesos).
Então, quando você estiver planejando sua trip e optar por comprar dólares aqui no Brasil, escolha as cédulas de 100,00 dólares. Eu sei que o Washington (1,00 dólar), Jefferson (2,00 dólares), Lincoln (5,00 dólares), Hamilton (10,00 dólares), Jackson (20,00 dólares) e o Grant (50,00 dólares) são figuras queridas e importantes, mas se a sua doleira estiver recheada de Franklin… Você estará tranquilo my friend!
Gosto muito quando a cidade é bem conectada por transporte público e há uma linha de metrô que parte do aeroporto para qualquer lugar que você quiser (Madrid – Barajas). Quando acontece o inverso… não é nada legal chegar no aeroporto, pegar mais um trajeto de quase duas horas e desembolsar uma enorme quantia até o seu destino final (Guarulhos – GRU e Natal, no Rio Grande do Norte, são bons exemplos).
E que delícia que eu estava na apimentada Cidade do México, em um aeroporto dentro da cidade e uma linha de metrô (com o bilhete a apenas 5 pesos) à minha disposição (terminal aérea – linha 5 – amarela) ao lado do terminal 1, do aeroporto de Cidade do México – Benito Juárez.
Porém, cometi um erro…
Fui inventar de pegar o subterrâneo de mochilão.
Membros/Tripulação de Cabine da comunidade Placa de Rua – Se você estiver de mochila, mochilão ou com mala, nem invente de pegar o metrô de Cidade do México. É abarrotado de gente (padrão metrô de São Paulo – Linha 1 – Azul ou qualquer outra linha em horário de pico) e vai ser complicado você conseguir entrar, permanecer ou descer no lugar certo.
Melhor escolher outro meio (taxi, uber, carona, cabify…) e deixar para se deslocar de metrô (e ser abordado por vários ambulantes com aquele… “diez pesos, diez pesos, diez pesos, sólo diez pesitos…” mientras você observa que todos eles são parecidos como se fossem uma enorme família) quando você estiver portando apenas sua doleira e com seus pertences devidamente acondicionados no seu hotel/hostel/airbnb…
Se você resolver descer na estação Insurgentes (Linha 1 – Rosa), antes de cruzar a Glorieta de Insurgentes para o lado da zona/colonia/barrio Roma, no meio daquela multidão, observe uma senhorita que segura um cartaz branco, com os dizeres: “abrazos gratis” e se ela estiver de braços cruzados, apenas olhe para ela, sorria e recuse o abraço (você deve conhecer o básico da linguagem corporal).
Enquanto você perambula pela calle Tonalá e observa lindas placas de rua, se a sua barriga roncar, nem pense em procurar um oxxo ou 7-Eleven. tenha como missão chegar ao Mercado Roma, que está, logo ali (no posto ipiranga) na Calle Querétaro.
Gostei muito do Mercado Roma e recomendo fortemente à minha Tripulação de Cabine da comunidade Placa de Rua. Todo tipo de comida (desde alguns tacos a churrasco) em pequenos quiosques, bebida boa, picolés de abacate e no final um delicioso (e barato) churros no “el moro”.
No dia seguinte (ou pela noite) faça o mesmo processo, mas ao descer na estação Insurgentes, vá agora para o sentido contrário e você estará caminhando na zona/colonia/barrio Rosa.
O bairro é muito legal e vale a pena tomar um tarro de 1 litro de INDIO (cerveja), no bar que mais te apetecer, na Génova entre a calle Hamburgo e o lindo Paseo de la Reforma. Para se localizar, observe sempre as placas de rua.
Se você quiser bater um pouco de perna, recomendo ir até a larga avenida – Paseo de la Reforma, desde o monumento a la Independencia – El Ángel, até a Bolsa Mexicana de Valores.
Na caminhada você notará que a Cidade do México tem uma queda pela cor rosa. Tudo começou com um movimento governamental de controle/prevenção do câncer de mama (algo como o Outubro Rosa aqui) e o governo decidiu, a partir daí, vincular a cor com a cidade.
Aproveite para reparar… você chegou até a estação Insurgentes por meio da linha Rosa (linha 1) e depois tomou um enorme tarro de INDIO na Zona (Bairro) Rosa e decidiu voltar de táxi (que tocava Juan Gabriel e Vicente Fernández) e observou que todos os táxis em Ciudad de México são na cor ROSA. É impressionante!
Muita coisa na cidade é rosa, mas a linda PLACA DE RUA de hoje, Isabel la Católica, está colgada no perfeito azul.
Isabel la Católica é uma rua importante que percorre as proximidades do Zócalo, no centro histórico. Há também uma estação de metrô importante, chamada Isabel la Católica e não é brincadeira, mas também está na linha Rosa.
La Católica é o apelido (cuidado, não é a mesma coisa que apellido) da Rainha de Castela e Leão, Isabel I de Castela.
A capital é muito grande e você se perderá com todas as atrações que ela oferece além de tacos e guacamole.
Há muitos museus, mas só fui em 3. No Frida Kahlo fiquei mais tempo na fila do que no próprio museu, mas vale a pena pelos retratos, quadros e pela indumentária peculiar de Frida.
O Museu Nacional de Antropologia, onde está a Pedra do Sol, é fabuloso, mas evite visitá-lo aos domingos, pois é grátis para cidadãos e residentes no México e é pico de lotação na certa.
Se você ficou impressionado com o exterior do Guggenheim de Bilbao, certamente você ficará sensibilizado com o Museu Soumaya (homenagem a Soumaya Domit, esposa do fundador Carlos Slim), no bairro nobre de Polanco.
Você ainda têm alguns bons bilhetes de Frida Kahlo, Diogo Rivera e o señor Xólotl, no valor de 500 pesos, portanto pegue um táxi ROSA e vá até a Plaza Garibaldi para ouvir os Mariachis enquanto você bebe alguma dose de Tequila, com sal de entrada e limão de sobremesa.
Não posso esquecer do passeio na colonia San Ángel para comer Chiles en Nogada (e para beber: agua de Jamaica – ou chá de hibisco para nosotros).
Nem adianta procurar chocolate. Será em vão! Aproveite para buscar novos sabores para seu paladar e seria muito recomendável começar por pimenta (apenas evite a Habanero).
Antes de deixar a Megalópole, um episódio muito triste. No dia 19 de setembro de 2017, um forte terremoto de magnitude 7.1 (justo no aniversário do sismo devastador de 1985).
Um tremor assolador, principalmente nos bairros por onde andei (Roma, Rosa e Condesa).
¿Y ahora qué? Foi realmente impressionante como as pessoas prestaram ajuda ao próximo. Desde as doações aos centros de acopio ao resgate in loco de vítimas.
Foi realmente bonito esse ato de solidariedade e minha mensagem para aquele povo encantador é a mesma da hashtag que percorreu todo o México e o mundo, após o abalo:
# FuerzaMéxico
Old Misa