#13 – Rua Senador Machado – Fortaleza – CE
Minha mãe gosta de afirmar que as palavras têm poder e adora citar Fortaleza como exemplo positivo. A cidade que cresceu às margens do Riacho Pajeú (cuidado, não é aquele rio famoso da música, que deságua no São Francisco) é realmente um baluarte de força, valor e coragem. Gosto ainda mais da capital cearense pelos (quase) 365 dias de sal + sol / ano.
Outra coisa que gosto muito naquele lugar é o humor do povo que está entranhado em cada ser cearense. Até mesmo aquela pessoa que te deu uma informação na rua, consegue (naturalmente) ser mais comediante do que muita gente que se diz humorista por aí…
Eii Maaaa (Macho), diabéisso? (ok, talvez você precise de um dicionário cearês).
Chico Anysio, Renato Aragão, Tom Cavalcante, Falcão, Tiririca, Tirulipa, Rossicléa, Adamastor Pitaco, Edmilson Filho (o Shaolin do Sertão), o Ceará (ex-Pânico na TV)… Todos nascidos naquela terra abençoada, onde o humor, mediante uma lei estadual, passou a ser um bem cultural de natureza imaterial.
O “Ceará moleque” ainda pulsa…
Já que o assunto aqui é humor, o Senador Machado que me perdoe, mas o que mais despertou minha atenção na Placa de Rua de hoje (e em todas as outras de Fortaleza) não foi o design, mas um slogan famoso e consagrado por lá que fiz questão de não ocultar (como faço sempre quando encontro alguma publicidade em placa de rua): Gerardo Bastos s/a – Onde um pneu é um pneu.
Não sei se ainda estava de ressaca do turístico Forró do Pirata (a segunda-feira mais louca do mundo) da noite anterior, mas aquele “onde um pneu é um pneu” ficou gravado na minha cabeça.
Ainda com o slogan do Gerardo Bastos presente na minha cabeça, continuei caminhando pelas ruas do bairro Mucuripe. Não! Não estava procurando apartamentos para alugar ou imóveis para comprar na nobre Mucuripe. O que estava realmente buscando era um Old (assim como o Old Misa) Nº 7 Tennessee – Jack Daniel’s – Whiskey (e quem sabe um charuto) para comemorar (e rebater a ressaca) a aprovação da minha irmã em alguma faculdade por aí.
Já que o assunto é cana (no Ceará não tem disso não. Não, não, não… já dizia o mestre Luiz Gonzaga), meu tio queria ir até a fazenda Ypioca para conhecer o museu da cachaça, minha mãe estava no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e o restante da família comprando rede na Praia do Futuro. Um desencontro só.
O “onde um pneu é um pneu”, Mucuripe, a vista da praia de Iracema, a Beira-Mar, a tranquilidade dos pescadores, o descanso na linda Praia do Cumbuco, os deslocamentos (sempre com muita EMOÇÃO) de buggy (é sempre mais legal), o insano – no movimentado Beach Park, os ambulantes e repentistas na agitada Praia do Futuro, as ostras (NÃO, as ostras não – Nunca coma aquele veneno dos ambulantes), o cabaré da Leila (isso também Não – deixe apenas para os comediantes), a rivalidade Ceará vs Fortaleza, a feira de artesanato noturna, o genial “Nas Garras da Patrulha”, as dunas… Vão deixar muita saudade.
Old Misa
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